NEVOEIRO
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da Terra
Que é Portugal a entristecer –
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a hora!
Valete, Fratres.
(10 de Dezembro de 1928)
© Capas & Companhia
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
. Linus
. A Última História da Xera...
. The Implacable Order of T...
. Renúncia
. E se tivesse a bondade de...