"Como as fatalidades (ainda que cessassem por algum tempo, que escondida vivia a dita fera) se renovavam: mais furiosos e lamentáveis, fazendo-se perlonga aquela infestação e dificultosa a conquista, que alguns julgavam não veriam finda, pela grande fúria e nunca vista ligeireza do tal monstro, cujo passo avançava a distância de dez passos ordinários, escondendo-se nos emaranhados e altos matos sem que o pudessem descobrir, e ali estava escondido muitos dias sem aparecer, atentaram por último irem grandes escoltas de gente armada a andar pelos matos muitos tempos até o encontrarem e combaterem fazendo-lhe valerosamente o cerco e não o largarem sem lhe tirarem aquela vida que a tantso miseráveis tinha sido causa de infaustas e cruelíssimas mortes; para isto se juntaram em esquadrões duzentos homens, em que ia uma companhia do Regimento de Cavalaria de Chaves, cujo socôrro tinham implorado bem montada e apetrechada, os mais Paisanos, Lavradores, e outros mancebos de rara afoiteza e conhecido valor, em cuja companhia foi um mancebo qu consigo levou um menino de seis até sete anos, e com a necessária condução de mantimentos e bastantes cargas marcharam todos bem montados, e guarnecidos de armas com bastante munição, para o sítio donde era costume sair a fera a fazer as suas costumadas e estragadas prezas; dois dias tinham caminhado por matos e serras, quando no terceiro pela manhã o avistaram ao longe, e prosseguindo para lá a sua marchaquerendo cercá-lo, êle desapareceu e não o puderam ver mais em onze dias, que por aquelas brenhas andaram já quasi exanimados de poderem conseguir a prometida empresa."
© Capas & Companhia
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