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Leia a notícia desenvolvida sobre a fera não identificada na edição de hoje do jornal Correio da Manhã (página 10) ou consulte alguns pormenores na edição electrónica: http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=FE425BC3-461E-4BF0-94A7-C3B5B0C2AB82&channelid=00000010-0000-0000-0000-000000000010. Para uma outra versão jornalística, consulte a notícia veiculada pela TSF: http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=960959.
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Embora as versões mais divulgadas deste conto popular sejam as de Charles Perrault (1628-1703) e dos irmãos Grimm (Jakob [1785-1863] e Wilhelm [1786-1859]), a inúmera diversidade de narrativas, que se avolumaram sincreticamente, permite-nos fazer recuar a datação das suas origens até à Antiguidade Clássica (os especialistas consideram que uma das versões mais antigas pode ser encontrada na Geografia, de Estrabão [c. 64 A. C. - c. 24 D. C.]), permitindo-nos também verificar que essas variantes ocorrem quer nas culturas ocidentais quer nas orientais.
No caso particular da versão portuguesa, a denominação arcaica Gata Borralheira estará eventualmente ligada à variante italiana intitulada La Gatta Cenerentola, registada por Giambattista Basile (1575?-1632) e publicada postumamente em 1634.
Todas estas versões se encontram registadas nas mais diversas áreas, como o cinema, a dança, a literatura e a ópera.
Nos registos operáticos, as versões mais conhecidas serão as de Gioacchino Rossini (1792-1868), La Cenerentola (1817, com libretto de Jacopo Ferretti [1784-1852]), e de Jules Massenet (1842-1912), Cendrillon (1899, com libretto de Henri Cain [1859-1937]).
Tendo estreado em Roma, em 1817, La Cenerentola foi apresentada em Lisboa, no Real Teatro de S. Carlos, logo em 1819. Em Londres apenas se apresentaria no ano seguinte, em Viena em 1822 e em Nova Iorque em 1826. O Real Teatro de S. Carlos havia sido inaugurado a 30 de Junho de 1793 (consultar http://www.saocarlos.pt/default.aspx), para suprir o desaparecimento da Ópera do Tejo, criada em 1755 e destruída nesse mesmo ano durante o terramoto de 1 de Novembro.
Para a estreia portuguesa, foi promovida a edição de um libretto bilingue, em Português e Italiano. Trata-se de uma obra rara mesmo nas bibliotecas melómanas – um pequeno in 16mo medindo cerca de 15x10 cm, com 112 páginas. O exemplar em nossa posse ostenta ainda a capa original, em papel decorado a azul, preto e dourado.
Parcialmente reproduzido há alguns meses no Blog da Rua Nove (http://blogdaruanove.blogs.sapo.pt/30965.html), este interessante libretto (preste-se particular atenção às variantes que surgem no libretto apresentado em http://opera.stanford.edu/Rossini/Cenerentola/libretto.html) será agora reproduzido integralmente em fac-simile.
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Revista O Demolidor, 1.ª série, número 22, Janeiro de 1971.
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Revista Lançamento, número 24, 2.ª série, Outubro de 1970.
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Mignon Good Eberhart (1899-1996), Um Cigarro Misterioso (Never Look Back, 1951; presente tradução portuguesa, c. 1954). Volume número 76 da colecção Vampiro.
Capa de Cândido Costa Pinto (1911-1976).
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A leitura das três cartas endereçadas a D. Luís da Cunha (não confundir com o diplomata homónimo D. Luís da Cunha, 1662-1749) permite-nos verificar que as intervenções do general Francisco Xavier da Veiga Cabral (da Câmara, 1710-1761) e seu filho, o capitão Francisco António da Veiga Cabral da Câmara (Pimentel, 1733-1810; posteriormente, 80.º governador da Índia, 1794-1807, e 1.º visconde de Mirandela, 1810), relatadas na Relação Verdadeira da Espantosa Fera, correspondem à realidade. Também nos permite concluir que de facto se registou um número indeterminado, mas significativo, de vítimas.
São estes, no entanto, os únicos factos coincidentes em todos os relatos.
Os números relativos às forças militares envolvidas diferem nas três fontes - sessenta cavalos e duzentos infantes na Relação Verdadeira da Espantosa Fera; cem cavalos e duzentos infantes na primeira carta do general Francisco Xavier da Veiga Cabral; quinze oficiais e duzentos soldados na carta do vedor Marcelino Leitão de Carvalho.
Do mesmo modo, a contabilização das vítimas apresenta números díspares - "arbitra-se o numero das mortes a mais de cem" (Relação Verdadeira da Espantosa Fera); "de cem presas, dizem, há-de passar a destruição" (Nova, e Verdadeira Relaçam); "matando, e devorando perto de trinta, ou mais pessoas de ambos os sexos" (carta do general Veiga, datada de 12 de Maio de 1760); "por ter comido alguas crianças" (carta do vedor Marcelino Leitão, data de 13 de Setembro de 1760).
Também o resultado das diligências difere. Enquanto a Relação Verdadeira da Espantosa Fera declara a morte de um monstro, de que se faz uma descrição na Nova, e Verdadeira Relaçam, na carta do general Veiga declara-se apenas a morte de uma loba e a fuga do seu companheiro, um lobo monstruoso, que posteriormente terá aparecido na Galiza.
Já na carta do vedor, claramente marcada por um tom crítico e irónico sobre as decisões do general Veiga, se refere que apareceu em Chaves um clérigo a reclamar a morte do animal, conseguida unicamente com duas balas, embora este apenas apresentasse como prova da façanha uma pele seca de lobo...
De todo estes relatos se conclui, portanto, que as populações das cercanias de Chaves foram efectivamente atemorizadas, durante alguns meses do ano de 1760, por acontecimentos inusitados provocados por um animal feroz e invulgar. Fosse ele lobo, loba ou monstro...
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Earl Derr Biggers (1884-1933), A Casa sem Chaves (The House Withoutt A Key, 1925; presente tradução portuguesa, c. 1953, revista por Lima de Freitas [1927-1998]). Volume número 58 da colecção Vampiro.
Capa de Cândido Costa Pinto (1911-1976).
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"(...) Junta dos Tres Estados; eu depois que vim para esta Provincia, emtrey na deligencia de cobrár alguas dividas, que havia muitos annos se devião a Sua Magestade; e vou continuando na mesma deligencia.
A Illustríssima e Excelentíssima Pessoa de Vossa Excelência guarde Deos muitos annos.
Chaves 13 de Setembro de 1760
A Vossa Excelência
Beija (?) os pes (?) Seu maiz omilde Criádo
Marcellino Leytao de Carvalho"
(Arquivo Histórico Militar, 1.ª div., 6.ª sec., cx. 12, n.º 6)
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S. S. Van Dine (pseudónimo de Willard Huntington Wright, 1888-1939), Dois Crimes no Inverno (The Winter Murder Case, 1939; presente tradução portuguesa, de António Lopes Ribeiro [1908-1995], c. 1953). Volume número 57 da colecção Vampiro.
Capa de Cândido Costa Pinto (1911-1976).
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